SINÓNIMOS E ANTÓNIMOS
Estes dois conceitos que trataremos mais à frente, recorrendo a exemplos, permitem avaliar a relação semântica de equivalência ou oposição relativamente.
A grande maioria das palavras dadas como sinónimas pelos dicionários são termos equivalentes, de sentidos analógicos que denotam uma mesma realidade, enquanto que os antónimos conferem à palavra o seu “lado polar” oposto, sendo impossível o seu intercambio frásico.
Estes fenómenos linguísticos foram descobertos por Demócrito, que achou que, assim, se conseguiria estudar de uma forma mais fluida e compreensível as diferentes línguas existentes. De facto, Demócrito não se equivocou e julgamos que todos os minimamente conhecedores dos mistérios da Língua Portuguesa se servem destes conceitos para argumentar ou para efectuar qualquer outra acção do seu dia-a-dia (não fosse esta matéria iniciada na aprendizagem primária).
“Sinónimo” e “Antónimo” não são apenas simples palavras que contribuem para um entender de confirmação/ igualdade de definição ou contradição de outros termos, mas também são matérias consideradas bastantes enriquecedoras, bastante capazes de fazer com que os vocábulos por nós utilizados sejam um pouco diferentes e mais compostos, provando que a Língua Lusitana é das mais belas do mundo. Não só servem para conferir diversas palavras para o mesmo sentido, como também, no caso dos sinónimos, oferece uma minimização do impacto de termos normalmente negativos.
“Chegou a conseguir palavras belíssimas: palavras de ninguém conhecidas, sons tropicais, tons frágeis, significados equívocos, de assonâncias inesperadas, de ritmos únicos; palavras crípticas e hermenêuticas, palavras abertas como a claridade da manhã, fonotemas nocturnos, sintagmas luminosos, verbos do amanhecer, adjectivos marinhos, superlativos desesperados, expressões terríveis e vogais transparentes”
Rafael Pérez Estrada, El ladrón de atardeceres
Os indivíduos que possuem dificuldades ao nível da variação vocabular, podem sempre consultar o dicionário de sinónimos, ferramenta especialmente útil para a resolução de tal problema. Nesse tipo de material, acabámos por recolher mais informações:
No fenómeno da sinonímia, esta pode dividir-se em dois, a sinonímia total – ocorre quando as unidades lexicais são substituíveis umas pelas outras em todos os contextos, porque comportam traços semânticos equivalentes – e a sinonímia parcial – acontece quando duas ou mais palavras reenviam para o mesmo referente, mas só nalguns contextos.
Bom, depois desta pequena introdução, e uma vez não haver nada mais a acrescentar a esta explicação de conceitos, passemos à apresentação de exemplos e, em seguido, à elaboração de exercícios a resolver. Colocaremos algumas questões acerca dos conceitos generalizados.
Exemplos:
1. Giro
Para a palavra “giro” temos como hipóteses, entre outras opções:
Sinónimo: Bonito
Antónimo: Feio
2. Grande
Para a palavra “grande” temos como hipóteses, entre outras opções:
Sinónimo: Alto
Antónimo: Pequeno
3. Preto
Para a palavra “preto” temos como hipóteses, entre outras opções:
Sinónimo: Negro
Antónimo: Branco
4. Morrer
Para a palavra “morrer” temos como hipóteses, entre outras opções:
Sinónimo: Falecer
Antónimo: Viver
5. Continuar
Para a palavra “continuar” temos como hipóteses, entre outras opções:
Sinónimo: Prosseguir
Antónimo: Parar
Questionário Geral:
a) Apresente uma lista de, no mínimo dez e no máximo quinze, palavras e apresente em seguida um seu correspondente sinónimo e antónimo.
b) Diga, por palavras suas (mas podendo consultar dicionários e gramáticas) o que entende por sinónimo e antónimo.
c) Elabore um pequeno diálogo entre a palavra sinónimo e a palavra antónimo, colocando-se na “pele” de um deles.
d) De uma forma mais lúdica, refira o nome de um/a colega de turma seu, apresente uma característica dele/a (adjectivo preferencialmente) e apresente dois antónimos dessa característica.
e) Complete com os antónimos das palavras entre as notas parentéticas:
1. Naquela sala estava uma ________ (escuridão) tremenda!
2. Para pescar em condições, tenho que ________ (endireitar) a cana.
3. Nas aulas, a ________ (atenção) é totalmente dispensável!
4. Sinto-me ________ (amargurado) quando obtenho bons resultados escolares.
5. De facto, tentei ________ (entusiasmá-lo), mas o rapaz saltou do precipício…
6. Para terminar, fazemos esta questão bastante ________ (difícil) !
f) Complete, agora, com os sinónimos das palavras entre parêntesis:
1. Fico bastante ________ (contente) quando o Benfica vence uma partida futebolística!
2. Hoje o dia está bastante ________ (fogoso).
3. Andam a circular pela aldeia umas ________ (boatos) sobre mim.
4. A minha mãe obrigou-me a ________ (deglutir) o peixe todo!
5. Quem nos dera viver numa ________ (palácio) …
6. Aquele terreno encontra-se, todo ele, bastante ________ (liso).
Conclusão:
Gostámos bastante de tratar de novo esta matéria e de recordar alguns conhecimentos que, devido à passagem temporal demasiado rápida, acabam por ficar escondidas nos cantinhos da nossa mente. Além de se tratar de um capítulo de aprendizagem de que ambos gostam e de ser algo fácil de adquirir a sua compreensão, são tópicos que nos fazem reflectir sobre a importância da existência de fenómenos como a sinonímia e a antinomia, sem as quais o estudo da Língua Portuguesa não conseguiria sofrer avanços mais significativos. Para além disto, gostámos de igual forma de recolher alguma informação extra, que enriquece a nossa cultura geral, como o facto de estas matérias terem sido introduzidas primeiramente por Demócrito, pai da teoria atómica do universo, assim como de nos colocarmos na pele de professor, depois de realizarmos algumas questões “por conta própria”, algo que nos conferiu alguma seriedade durante a realização deste projecto.
Esperamos que tenhamos conseguido transmitir estes conhecimentos, de uma forma esclarecedora e eficaz, e que o público tenha conseguido retirar deste nosso trabalho algumas ideias que, quiçá, no futuro possam também servir de ensinamentos por parte dos mesmos.
Duarte Veríssimo nº 7 10ºD - II
Tiago Quaresma nº 12 10ºD - II
Bibliografia:
. Dicionário Houaiss, Sinónimos e antónimos, VILLAR, Mauro de Salles, FRANCO, Francisco Manoel de Mello, Circulo Leitores, 2007
. Gramática do Português Moderno, PINTO, José Manuel de Castro, LOPES, Maria do Céu Vieira, NASCIMENTO, Zacarias, Plátano Editora, 2006
. Gramática Prática de Português – 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário Da Comunicação à Expressão, AZEREDO, M. Olga, FREITAS, M. Isabel, LOPES, Maria Carmo Azeredo, Lisboa Editora, 2006
. www.wikipedia.org
SOLUÇÕES
Questionário Geral:
a)
Magro:
Sinónimo: Franzino
Antónimo: Gordo
Maldade:
Sinónimo: Ruindade
Antónimo: Benignidade
Desequilíbrio:
Sinónimo: Instabilidade
Antónimo: Equilíbrio
Disparate:
Sinónimo: Asneira
Antónimo: Acerto
Declinar:
Sinónimo: Rejeitar
Antónimo: Aceitar
Vasto:
Sinónimo: Espaçoso
Antónimo: Diminuto
Insolente:
Sinónimo: Arrogante
Antónimo: Comportado
(…………)
b)
À escolha do executante…
c)
À escolha do executante…
d)
Duarte Veríssimo – Esperto:
Burro e Estulto
Tiago Quaresma – Corajoso:
Cobarde e Hesitante
e)
1. Luminosidade
2. Curvar
3. Distracção
4. Alegre
5. Impedi-lo
6. Fácil
f)
1. Feliz
2. Caloroso
3. Balelas
4. Ingerir
5. Mansão
6. Plano
domingo, 22 de março de 2009
"Contos do Gin-Tonic"
Apreciação Crítica
Título do Livro: Contos do Gin-Tonic
Autor: Mário-Henrique Leiria
Local da edição: Lisboa
Editora: Editorial Estampa
Nº de Páginas: 181
Nº de Contos: 58
Biografia do Autor
Mário Henrique Leiria nasceu em Lisboa em 1923. Frequentou por pouco tempo a Escola de Belas Artes. Entre 1949 e 1951 participou nas actividades da movimentação surrealista em Portugal. Teve vários empregos: marinha mercante, caixeiro de praça, operário metalúrgico, construção civil. Viajou. Em 1961 foi para a América Latina onde desenvolveu várias actividades, entre as quais a de encenador de teatro e de director literário de uma editora. Voltou nove anos depois. Colaborou em várias revistas e jornais nacionais.Morreu em 1980.
Opinião sobre a obra
Esta foi uma obra pela qual, confesso, não nutri grande simpatia, os contos nem sempre têm sentido, pelo menos numa primeira impressão, e esse facto exige da parte do leitor um maior esforço e concentração para a compreensão destes. Notei, no entanto, uma evolução da clarividência dos contos à medida que a caminhada pelas páginas tomava um ritmo mais avançado, nesta colectânea é nítida a maior acessibilidade dos contos com o progredir da obra. Esse facto pode estar ligado a uma intenção propositada do autor, no sentido de fazer uma selecção do seu publico, através da barreira inicial, e desse modo dar a conhecer a sua obra apenas a leitores persistentes.
Abordando os contos propriamente ditos, como já referi não notei, em muitos deles, a presença de sentido nem de uma orientação lógica, no entanto existem contos dos quais extraí alguns ensinamentos e que tiveram um contributo positivo para a minha pessoa e dos quais consegui compreender a crítica neles implícita, falo de contos como “Cidade”, “Casamento”, “Noivado” ou “Maternidade” por considerar, acima de tudo, serem contos com uma aplicação aos tempos de hoje e que, embora escritos há já algumas dezenas de anos, mantêm-se actuais e o ensinamento neles contido é aplicável ao século XXI.
Título do Livro: Contos do Gin-Tonic
Autor: Mário-Henrique Leiria
Local da edição: Lisboa
Editora: Editorial Estampa
Nº de Páginas: 181
Nº de Contos: 58
Biografia do Autor
Mário Henrique Leiria nasceu em Lisboa em 1923. Frequentou por pouco tempo a Escola de Belas Artes. Entre 1949 e 1951 participou nas actividades da movimentação surrealista em Portugal. Teve vários empregos: marinha mercante, caixeiro de praça, operário metalúrgico, construção civil. Viajou. Em 1961 foi para a América Latina onde desenvolveu várias actividades, entre as quais a de encenador de teatro e de director literário de uma editora. Voltou nove anos depois. Colaborou em várias revistas e jornais nacionais.Morreu em 1980.
Opinião sobre a obra
Esta foi uma obra pela qual, confesso, não nutri grande simpatia, os contos nem sempre têm sentido, pelo menos numa primeira impressão, e esse facto exige da parte do leitor um maior esforço e concentração para a compreensão destes. Notei, no entanto, uma evolução da clarividência dos contos à medida que a caminhada pelas páginas tomava um ritmo mais avançado, nesta colectânea é nítida a maior acessibilidade dos contos com o progredir da obra. Esse facto pode estar ligado a uma intenção propositada do autor, no sentido de fazer uma selecção do seu publico, através da barreira inicial, e desse modo dar a conhecer a sua obra apenas a leitores persistentes.
Abordando os contos propriamente ditos, como já referi não notei, em muitos deles, a presença de sentido nem de uma orientação lógica, no entanto existem contos dos quais extraí alguns ensinamentos e que tiveram um contributo positivo para a minha pessoa e dos quais consegui compreender a crítica neles implícita, falo de contos como “Cidade”, “Casamento”, “Noivado” ou “Maternidade” por considerar, acima de tudo, serem contos com uma aplicação aos tempos de hoje e que, embora escritos há já algumas dezenas de anos, mantêm-se actuais e o ensinamento neles contido é aplicável ao século XXI.
Objectivos e Estratégias
1º O primeiro objectivo ao qual me propus neste segundo período prendeu-se com a questão dos tempos verbais, ao assumir esse objectivo tive em mente a lacuna que desde sempre estivera presente na minha vida escolar de ao observar um texto ser capaz de distinguir os tempos verbais presentes.
Estratégia: Para poder concretizar este objectivo entendi que o primeiro passo passaria por efectuar um estudo dos tempos verbais e, nesse sentido, comecei por através da gramática compreender os verbos na nossa lingua materna, para numa segunda fase realizar alguns exercicios de compreensão e, finalmente, numa última fase ser capaz de, observando um texto indicar os verbos neste presentes e ser capaz de os identificar.
2º A este segundo objectivo dediquei uma porção de tempo menor, desde sempre o classifiquei como um objectivo menor, não desprezado, mas menor. O segundo objectivo prendeu-se com a compreensão de textos, embora não seja regra acontece-me, por vezes, perder-me ao longo da leitura de um texto, tendo posteriormente necessidade de o lêr em voz alta para recuperar a toada com que o tinha iniciado.
Atendendo à dificuldade referida anteriormente a minha estrategia passou por efectuar a leitura do mesmo texto várias vezes, criando mecanismos para que seja possível compreender os textos sem ter necessidade de reflectir sobre estes.
Estratégia: Para poder concretizar este objectivo entendi que o primeiro passo passaria por efectuar um estudo dos tempos verbais e, nesse sentido, comecei por através da gramática compreender os verbos na nossa lingua materna, para numa segunda fase realizar alguns exercicios de compreensão e, finalmente, numa última fase ser capaz de, observando um texto indicar os verbos neste presentes e ser capaz de os identificar.
2º A este segundo objectivo dediquei uma porção de tempo menor, desde sempre o classifiquei como um objectivo menor, não desprezado, mas menor. O segundo objectivo prendeu-se com a compreensão de textos, embora não seja regra acontece-me, por vezes, perder-me ao longo da leitura de um texto, tendo posteriormente necessidade de o lêr em voz alta para recuperar a toada com que o tinha iniciado.
Atendendo à dificuldade referida anteriormente a minha estrategia passou por efectuar a leitura do mesmo texto várias vezes, criando mecanismos para que seja possível compreender os textos sem ter necessidade de reflectir sobre estes.
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